segunda-feira, 16 de março de 2009

Um piloto injustiçado


No dia 29 de março, no circuito de Melbourne (Austrália), começa a temporada 2009 da Fórmula 1. E será a décima sétima temporada seguida de Rubens Barrichello na principal categoria do automobilismo.

Sinceramente, até hoje não vi nenhum atleta tão injustiçado como o Rubinho, talvez o Barbosa, goleiro da seleção brasileira na Copa de 50. Barrichello é tratado por muitos jornalistas esportivos como um piloto que fracassou na Fórmula 1. A tal ponto que muitos viram como um retrocesso para o automobilismo nacional a escolha dele e não de Bruno Senna para a nova equipe Brawn GP.

Será que um piloto que se mantém há 17 temporadas na principal categoria do automobilismo é tão fraco assim? Não pode ser. Ainda mais, porque vários pilotos considerados de primeira de linha, como Juan Pablo Montoya e Alessandro Zanardi, não conseguiram isso. Também temos casos de brasileiros que entraram na Fórmula 1 com grande expectativa, e nada conseguiram. Por exemplo, Cristiano da Matta, Ricardo Zonta e Antonio Pizzonia.

É claro que Rubens Barrichello está longe de ser um Ayrton Senna ou Nelson Piquet. Ao longo dos 16 anos ele não conseguiu um título, não é um piloto excepcional. Mas, é bom e consistente. Se não é agressivo, é excelente na chuva. Enquanto muitos pilotos - Felipe Massa, por exemplo – têm dificuldades de dirigir em pistas molhadas, Rubinho sempre teve facilidade e conseguiu grandes vitórias e corridas inesquecíveis, mesmo debaixo de temporais.

Se não é um ídolo, como Senna, Piquet e Fittipaldi, por não ter sido campeão, Barrichello deve ser respeitado e valorizado por conseguir representar o Brasil por tanto tempo na elite do automobilismo mundial.